terça-feira, 3 de abril de 2012

A ciência da liberdade

Por Cintia Carvalho


“Os poderosos temem o cidadão que é capaz de discutir, pensar e questionar”, a afirmação de Milton Jung na noite de ontem, não é novidade para alguns jundiaienses que estão acostumados a “levar paulada” por falar demais. E é disso que o povo tem medo, de uma repreensão mais forte do que seus direitos.

Faltando seis meses para as eleições municipais, não é difícil prever qual será a pauta mais discutida pelos políticos da Terra da Uva. Além dos assuntos básicos como saúde, cultura e educação, os políticos têm se mostrado grande interesse em ouvir os pedidos do povo que luta em defesa da Serra do Japi.

Na noite de ontem (02/04), chegamos a 3º Consulta Pública organizada pela Prefeitura Municipal de Jundiaí. O intuito é fazer com que a população contribua para a melhoria da gestão, uso e ocupação da Serra do Japi, através do esclarecimento da Lei 417/04 e a consulta a população que vive próxima a Serra.

Agora a bandeira verde será hasteada por todos, as promessas serão muitas, e tudo que não foi feito em 20 anos será resolvido nos próximos meses. Apesar de “cricri”, sou uma pessoa positiva e espero que isso aconteça. Como disse a um colega jornalista na Consulta Pública do último sábado (31/03), no bairro Santa Clara, não concordo que políticos usem o tema como muletas, para crescerem e aparecerem, sendo que muitos deles não entendem muita coisa a respeito.

Acho saudável a discussão, afinal, é de interesse de todo jundiaiense que seu maior bem natural seja preservado. Mas há duas coisas totalmente diferentes que vão entrar em cena nesse período, e será preciso que todos fiquem alertas, elas são a boa e velha política, e a sua irmã má, a politicagem (sendo a última uma espécie de doença maldita na sociedade). Então cuidado quando um médico se transforma no maior entendedor de segurança publica, o delegado um “expert” em economia, ou um empresário, o ambientalista do ano. Se a causa da sua vida é o Meio Ambiente, perca uns minutinhos tentando descobrir quem realmente apresenta propostas coerentes e entende do tema. Faça o mesmo com cultura, saúde ou segurança, e chegue a suas próprias conclusões.

Fico feliz que a população seja consultada, e aguardo ansiosamente para ver qual será o resultado, na esperança de que tais contribuições não sejam engavetadas e guardadas como registro histórico de um povo que tentou proteger o que é seu, dos seus filhos, netos e das futuras gerações.

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