segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Não basta ser cidadão, tem que participar.

Eu ainda me emociono com ideais.

Movimento social. Amadurecimento de idéias, implementar o debate, movimento das massas... grandes redes sociais. O indivíduo e a manifestação das vontades. Dá uma vontade de ver um mundo mais politizado, mais participativo, mais consciente, mais atuante.

O processo civilizatório passa no momento pela urgente necessidade de evolução da espécie. Eu acredito sinceramente que só assim será possível. A messe é grande... é preciso  multiplicar os operários.

Quando ouço alguém dizer, com grande franqueza,  precisamos fazer mais política e menos politicagem, fico esperançoso. É revigorante.

Nessa expectativa, continuamos a dar nossa colaboração, pra que a gente alcance junto um patamar melhor de realizações éticas como cidadãos. 

O “trator” está manobrando... a hora é agora, sem trégua!!

Foram 15 reuniões semanais de aproximadamente 3 horas cada. Câmaras Técnicas do COMDEMA (Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente) em conjunto com a do Conselho Gestor da Serra do Japi. Tempo doado ao município, para melhorar o processo de reformulação do Plano Diretor, leis 415/04 e 417/04.

No grupo pessoas com grande capacidade técnica e envolvimento com as causas e principalmente com o futuro da cidade, debatendo em alto nível e com expressão e representatividade às mudanças possíveis e desejáveis.

Ao final desse processo, quando um texto começa a ganhar contornos de documento elaborado de forma participativa e que corresponde de fato aos anseios da sociedade, o “trator” entra em ação e desrespeitando os cidadãos e seus esforços, adia por prazo indeterminado, deixando para o ano que vem mudanças da Lei 417/04, que regula e protege todo o território da Serra do Japi no município de Jundiaí. 

O motivo nos parece claro. O texto final, encaminhado pelos conselhos para a Prefeitura, é muito diferente daquele apresentado, quando a pretensão era de flexibilizar a lei permitindo usos e aumentando índices de aproveitamento e ocupação.

Quando o texto final aprovado nos conselhos chegou a mesa do executivo, mostrando que o interesse do cidadão jundiaiense inclusive de proprietários da Serra é de aumentar a proteção do território não permitindo os “usos” que se pretendia, o trator acelerou os motores e bloqueou o encaminhamento da lei 417/04, mesmo contra a deliberação dos conselhos.

A estratégia é clara, pois sabem da mobilização que está ocorrendo, contrária às pretensões do seleto grupo que espera ganhar muito dinheiro com os empreendimentos que seriam realizados no local, sendo que alguns já estão em andamento.

Dessa forma, é melhor deixar a lei como está. Mais permissiva do que o texto elaborado, e ganhar tempo para desarmar o movimento que está crescente. São as mesmas, velhas táticas autoritárias, arbitrárias e ditatoriais de um governo que não se vê mais como mandatário do poder e sim como seu dono e senhor.

Para encerrar, só um aviso: Não vamos dar trégua!! Estaremos acompanhando passo a passo os desdobramentos desse processo, e se houver um pingo de coerência nessa manobra do “trator” do executivo, que seja votado em caráter de urgência o bloqueio de recebimento e emissão de qualquer diretriz que solicite usos para o território da Serra do Japi, enquanto a nova lei não for votada.