quarta-feira, 23 de maio de 2012

Terra querida Jundiaí, estão querendo ocupar a nossa Serra do Japi.


Jundiaí é uma cidade elevada à categoria de APA (Área de Proteção Ambiental) com cerca de 430 km² de território, dividido em três regiões distintas, sendo: uma zona de conservação da vida silvestre, composta pelo território de gestão da Serra do Japi; uma zona urbana; e uma zona de conservação dos recursos hídricos, por onde corre o rio Jundiaí-Mirim, principal rio que abastece a cidade e também abriga a zona rural produtora da cidade.

Economicamente, Jundiaí é hoje a 5ª economia do estado, com arrecadação de 1 bilhão e 300 milhões por ano. Além disso, tem uma renda per capita mensal de 3.000 mil reais, com atividade industrial diversificada e bons níveis de emprego no setor comercial e de serviços.

Desta forma, temos uma cidade desenvolvida, com alta arrecadação aos cofres públicos e que proporciona várias alternativas financeiras a sua população. Ainda, temos um patrimônio natural, chamado Serra do Japi, hoje com índices de preservação geral que apontam pra 65% de preservação. Em seu território, permanece uma reserva biológica, unidade de conservação de preservação máxima, e que é reconhecidamente um berço genético de grande diversidade biológica.

Hoje uma boa lei municipal (417/04) ajuda a proteger e aumentar os índices de preservação do território. Além disso, estudos comprovam que se alcançarmos 80% de preservação em todo território, teremos a preservação COMPLETA das espécies dentro da reserva biológica. Para isso, basta pequenos ajustes na lei. Porém não é essa a intenção da Prefeitura local e sua administração.

Em dezembro do ano passado, a sociedade e conselhos ambientais apresentaram um texto de lei mais restritivo, que visava alcançar os índices acima citados. Esta proposta foi rejeitada pela atual administração, sem explicação alguma.

Passados cinco meses, dez consultas públicas e um seminário, a administração apresentou o seu projeto para a Serra do Japi. Um projeto de ocupação do território, que incentiva o turismo e a implantação de condomínios, possibilitando usos e aumentando os índices de aproveitamento.

Se alguém tinha alguma dúvida, a palavra sustentável está sendo usada para justificar empreendimentos que vão fazer do Japi um resort para abonados, com hotéis e condomínios de alto padrão, num lugar onde poderia ser um exemplo de floresta preservada em região urbana. A sustentabilidade do Japi está na preservação, não na sua ocupação.

Uma política pública equivocada, para aqueles que querem a preservação do nosso Castelo das Águas, mas que vai render muitos dividendos aos poucos proprietários gananciosos que permeiam a administração dessa cidade.

Filhos amantes da terra querida é hora de dizer não a mais essa especulação. Chega! O Japi é nosso. Não queremos este projeto insustentável! Queremos a preservação de 80% em todo território, sem condomínios e loteamentos!

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