terça-feira, 5 de junho de 2012

De Estocolmo a Rio + 20, a palavra chave é Permanência

Estocolmo 72, Rio 92 e Rio + 20. Grandes encontros de lideranças para debater Meio Ambiente. Há 40 anos foi dado um alerta, que vem se renovando a cada 20 anos. De lá pra cá muita coisa se falou, muita teoria de criou, porém as ações práticas estão ainda incipientes. Algumas coisas aqui ou ali, e o que temos visto realmente aumentar com relação às ações de meio ambiente é o marketing.

É tanta propaganda criando a ilusão de que estamos fazendo alguma coisa que as pessoas até acreditam. A palavra sustentabilidade virou obrigatória em qualquer panfleto que divulgue qualquer coisa, porém, estamos a quilômetros de distância de um meio de vida realmente sustentável para as características do nosso planeta.

Num tempo em que até a poluição virou mercadoria de troca, (se compensar ali pode poluir aqui) falar em sustentabilidade chega a ser sarcástico.  Mais um engodo a nos iludir, enquanto as geleiras derretem, as florestas são derrubadas e as onças atropeladas em auto-estrada.

Código Florestal flexibilizando desmatamentos, 417/04 aumentando os usos e ocupação da Serra do Japi, rios sem mata ciliar são canalizados em nome da urbanidade, poluição da atmosfera com gases de efeito estufa, produção de lixo em índices alarmantes, falta de água doce, alimento e drásticas mudanças climáticas causando grandes catástrofes.

Conceitualmente, “Meio Ambiente é o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química, biológica, social, cultural e urbanística, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas.”

O Dia do Meio Ambiente, não é uma data comemorativa, mas um grito de alerta, um grito que foi dado há 40 anos, mas que tem seu eco abafado pela forma de viver que escolhemos, esgotando as energias, e os recursos naturais em nome de um cotidiano absolutamente insustentável.

Do jeito que as coisas estão, em pleno 2012, a palavra da vez não é sustentabilidade e sim, PERMANÊNCIA.